quarta-feira, 26 de julho de 2017

No próximo dia 29, sábado, pelas 17 h, no auditório municipal do Concelho do Marco de Canaveses, (não às 16 h como estava previsto) realiza-se o último debate, promovido pela Associação dos Amigos do Concelho, subordinado, ao tema: “Cidadania como factor de aprofundamento da democracia e de desenvolvimento”.
São convidados para intervir a nossa conterrânea Carla Queirós, bacharel em gestão de empresas, sobre os problemas do comércio local e a pulverização de centralidades; sobre organização dos cidadãos,Manuel Carlos da Silva, sociólogo, professor catedrático da Universidade do Minho. Investigador do CICS. Nova Universidade do Minh. Coordenador do projecto de Investigação, “Modos de vida e formas de habitar nas ilhas do Porto e bairros de Braga financiado pelo F.C.T. Membro da direcção do laboratório de Habitação Básica. Ex- Presidente da Associação Nacional de Sociologia. Director do ICS/CICS. Ganhou o prémio Nacional Sedas Nunes com a obra “Resistir e Adaptar”. Publicou vários livros sobre as temáticas da sociologia do género, das lutas sociais, exclusão social e cidadania.E sobre espaço público,Fernando Matos Rodrigues. Antropólogo. Investigador do CICS. Nova- Universidade do Minho. Director do laboratório de Habitação Básica. Coordenador do Programa da reabilitação da Ilha da Bela Vista/ Porto. Curso de Doutoramento em Teoria de Arquitectura e Projecto Arquitectónico (Univ. Valladolid/Espanha). Doutorando em sociologia e antropologia do habitar. Prof de antropologia do espaço no Mestrado Integrado no curso de Arquitectura da ESAP (1991-2015) . Director da Revista Ruralia (1987-1994) e Cadernos ESAP (1995-1999). Autor de vários livros na área da habitação, cidade e espaço público.
Apareça!

terça-feira, 25 de julho de 2017

Voltando ao assunto


Franz Kafka escreveu um dia: “A verdade é aquilo que todo o homem precisa para viver e que ele não pode obter nem adquirir de ninguém. Todo o homem deve extraí-la sempre nova do seu próprio íntimo, caso contrário ele arruína-se. Viver sem verdade é provável, mas não é viver. A verdade é talvez a própria vida”.

Para mim, esta concepção de verdade é um lema de vida. Há uma diferença entre verdade, opinião e critica. A verdade é o que faz luz na nossa maneira de ver a vida, os outros e o mundo. Não há uma verdade que seja uma cópia da realidade. Vemos o mundo pelos “óculos” que constituem o nosso paradigma ou sistema de crenças. Os factos, os acontecimentos, a realidade não fala por si, precisa que a interpretemos. E, in-ter-pre-tar, é ver por dentro (com a nossa maneira de ver), fornecer o significado de algo; explicar, elucidar, segundo o nosso modo de ver. Por isso, existem conflitos de interpretações: vemos as mesmas coisas, mas damos significados diferentes, porque os nossos “óculos”, a nossa maneira de ver é diferente.

A opinião é a nossa perspectiva, o nosso ponto de vista. A crítica é o nosso desacordo, com a nossa verdade. Ela é o resultado do nosso compromisso com a verdade. É mesmo indispensável e, talvez, por isso, Descartes dizia que ela corrói o erro. Sem ela não há o exercício da cidadania. A crítica é inerente à responsabilidade política. E ser responsável é responder a uma acusação a uma crítica. Por isso, a crítica exige confronto, direito ao contraditório, põe-nos em diálogo e ajuda a corrigir erros que podem derivar de quem faz a crítica ou a ela se sujeita.

Tudo isto é muito diferente de atirar com pedras e esconder a mão, com a cobardia e a falta de carácter das cartas ou comunicados anónimos.

segunda-feira, 24 de julho de 2017

É triste, faz-nos estrangeiros na nossa própria terra, na terra onde Siza Vieira construiu uma igreja, símbolo da concórdia, da paz, da transparência e da fraternidade, mas é verdade.
Em alturas de eleições no Marco de Canaveses aparece, desde há muito tempo, um crápula (ou quem com ele aprendeu a ser canalha) que utiliza a escuridão do anonimato para dar andamento à sua tara anti-social. Surge quase sempre com uma “carta aberta”, uma espécie de tiro na escuridão da desonra. Quem não se lembra da “carta anónima” a um deputado? O estilo é o mesmo: constrói um inimigo, fazendo-se amigo de quem escreve a carta, mas o seu objetivo é servir um terceiro: o candidato do partido que lhe fará os jeitos que lhe interessam. É o estilo fascista utilizado nas campanhas negras das guerras frias.
Basta ler, com atenção, essa pseudo-carta para se perceber que o crápula conhece bem as funções da polícia municipal, da multa das motorizadas, das obras públicas feitas no Concelho e mostra (como convém!) a sua hipócrita preocupação com a queda de receitas camarárias.
Espantoso, sabendo-se do estado de bancarrota em que estava a Câmara numa outra legislatura!
Não será difícil encontrar o seu autor e entrega-lo à Justiça. Mas este problema das asquerosas cartas anónimas não pode ser só o do partido visado: tem de ser repudiado por todos os partidos que querem que a política tenha ética e que o Marco de Canaveses não seja terra onde os energúmenos podem andar à solta.
Como seria um gesto de elevado sentido político, se os partidos com candidatos honestos censurassem esta nojenta forma de fazer política?
Todos temos de ser solidários contra a política do nojo, da campanha negra! Não se esqueçam do poema de Brecht:
Primeiro levaram os comunistas,
Mas eu não me importei
Porque não era nada comigo.

Em seguida levaram alguns operários,
Mas a mim não me afectou
Porque eu não sou operário.

Depois prenderam os sindicalistas,
Mas eu não me incomodei
Porque nunca fui sindicalista.

Logo a seguir chegou a vez
De alguns padres, mas como
Nunca fui religioso, também não liguei.

Agora levaram-me a mim
E quando percebi,
Já era tarde".

domingo, 16 de julho de 2017

O debate com Rui Sá


A comunicação do Eng Rui Sá, sábado, no auditório municipal, a convite da Associação dos Amigos do Marco, proporcionou um debate intenso e enriquecedor sobre as questões autárquicas. A presença de três candidatos à autarquia (PS, PSD e CDU) foi a demonstração de que esta Associação Cívica tem razões para se orgulhar de servir a sua Terra, promovendo debates para se encontrar as melhores ideias que sirvam a orientação de um melhor futuro do seu Concelho.

A política antes de ser uma questão dos partidos é, desde o tempo dos gregos, um problema do exercício da cidadania. E, em tempos de grande desilusão dos partidos, o exercício da cidadania é a grande âncora onde se pode segurar a democracia. Foi agradável ver os candidatos à presidência do município presentes e participaram no debate. É significativo que os candidatos que apareceram e participaram no debate sejam, todos eles, naturais e residentes no Marco de Canaveses. De facto, só quem sente como sua a Terra onde nasceu, cresceu e fez amigos pode estar interessado em encontrar as melhores ideias para orientar a gestão da autarquia para onde se candidata. E isso marca a diferença entre um candidato e o que procura, através das eleições, um emprego político

No próximo dia 29 teremos o último debate deste ciclo, donde esperamos que saia uma carta cívica de compromisso para apresentar aos candidatos à Autarquia interessados.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Convite


Como seria gratificante, se os marcoenses que fazem parte ou não das listas dos diferentes partidos à Autarquia do Marco, aparecessem neste debate O Eng. Rui Sá foi vereador da Câmara do Porto e é professor universitário. Por toda a gente, mesmo entre aqueles que nada têm a ver com o seu partido, consideram-no um académico sabedor,  um político de convicções e um homem de diálogo.
A democracia é, por excelência, uma forma de agir pela palavra.  Enriqueçam este debate!

Apareçam!