segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Por uma cidadania que dignifique o nosso Concelho!


Uma associação cívica, como a Associação dos Amigos do Concelho do Marco de Canaveses, tem, por sua natureza, a obrigação de lutar por princípios cívicos, defender o prestígio do Concelho e contribuir para a promoção do progresso social, moral, cultural e económico dos seus conterrâneos.  

Podíamos servir-nos de outros exemplos! Utilizemos, por exemplo, a entrevista que o Primeiro-ministro, António Costa, no passado dia 29 deu à TVI. Interessa-nos a sua prestação cívica.  Consideramo-la relevante pelas lições que dela se podem tirar em momentos de alguma crispação política.

António Costa  teve uma postura de Estado, disse o que deveria ser dito e, ao ser incapaz de acicatar ânimos, contribuiu para dignificar a acção política e as relações institucionais. É pena que este estilo não possa constituir um manual de boas práticas políticas. Muita gente, ligada ao seu partido, precisa dessa instrução.

Na minha terra, há uma revolta (para já em surdina!) contra intervenções feitas durante a campanha eleitoral, marcadas pelo despudorado ataque pessoal e calunioso contra o ex-presidente da câmara. Pelo que me foi contado, nem no tempo do fascismo se fazia isso e não sei se Avelino Ferreira Torres chegava a tanto! O debate político é um confronto sobre a melhor maneira de governar e não uma luta cobarde (o atingido nunca está presente), onde vale tudo, até o enxovalho.

A Associação dos Amigos do Concelho do Marco de Canaveses sempre foi solidária com quem é ofendido publicamente e cobardemente na sua honra, sem se poder defender. E os meus conterrâneos conhecem o combate que esta Associação travou contra esse estilo de fazer política. Não sabemos o que vai fazer o atingido pelas insinuações caluniosas em dois comícios, mas preocupa-nos que os lideres locais do partido, a que pertence o autor dessas insinuações caluniosas, não se distanciem do mesmo, retirando-lhe confiança política. Estas atitudes deixam profundas nódoas, não são facilmente esquecidas, vão moendo em surdina e acabam por descredibilizar os partidos e a ação política.

O exemplo de António Costa resume-se a um princípio muito

antigo, encontrámo-lo já nos gregos, nomeadamente na

“República” de Platão: antes da política está o civismo e se

este falta não se percebe para que serve a política. Por isso,

Platão defendia que a política é uma arte nobre. E

acrescentava: “Só a justiça diz respeito à política (…) o bom

político sofre a injustiça, mas é incapaz de a aplicar contra o

adversário.” E dizemos nós: muito menos caluniá-lo!

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